Crazy things for an ordinary life without Jesus Christ. Note: sometimes English Español Português. Enjoy!
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Não a Minha, mas a Tua Vontade, Senhor
Olá!
Saí de Belo Horiozonte na quarta-feira à noite. Fiz uma ótima viagem até São Paulo, descontando o frio que estava dentro do ônibus e que a minha cobertinha parecia tão pequena e insulficiente. Pelo menos não havia nenhuma pessoa na poltrona ao lado, o que já garante 50% de uma boa viagem. Não pelas pessoas em si, gosto delas em geral, mas quando incomodam, incomodam.
Pois bem, quando venho a São Paulo, minha cidade natal, há muito o que fazer. O dia passa muito rápido, são muitos contatos e oportunidades que procuro aproveitar. Ainda não me acostumei com a mobilidade mineira, não dá coragem alguma de sair de casa para nada, isso até atrasa algumas coisas que eu precisaria fazer, por exemplo, acabei não depositando as últimas ofertas no banco nem postando o que gostaria no correio. Deixei tudo para São Paulo.
As coisas são bem mais práticas para mim por aqui. Tenho duas visitas cheias de segundas intenções a fazer para antigos empregadores, apesar de saber que no momento não há vagas disponíveis para mim onde já sondei.
Por que essa intenção? Preciso da dignidade do trabalho e do meu próprio sustento que ele provê. No início do projeto de viagem para a Namíbia, acreditei que pelo meu próprio trabalho eu conseguiria pagar as contas. De forma incrível as portas não se abriram, até o que eu costuava fazer parou de ser solicitado, não consegui aulas, job online, nada novo nem antigo.
Então veio a ideia do cofrinho, 100 deles com uma oferta de 80 Reais não me parecia tão difícil, mas de novo, de forma incrível, os cofrinhos foram levados, mas nem todos retornaram. Ele é simbólico, eu nem gostaria de ter os 100 de volta, mas a oferta, essa sim eu de fato esperava.
Por outro lado, muitas pessoas deram um valor superior ao pedido, algumas delas deram ofertas mais de uma vez. Recebi uma pequena quantidade em Dólar e Euro, veja só que maravilha!
Somando tudo, quase deu o valor solicitado, mas tem uma observação aí: 10% de todo valor recebido foi devolvido à casa de Deus como dízimo. Não contei esse abatimento no cálculo inicial. Mesmo que a igreja desse tudo o que foi pedido, ainda faltaria esses 10% pelo menos, sem contar que tirei um pouquinho além para ofertar umas três vezes, isso daria perto de uns 100 dólares, faz muita diferença.
Em resumo, minha mente agitada está a procura de trabalho, seja em Minas Gerais, seja em São Paulo, onde for. Meu foco pós África será trabalho, trabalho, trabalho, para ter condições de pagar meu cartão de crédito sem apuros, lembrando que são 560 só das parcelas da passagem, sem contar minhas despesas pessoais que acabam acontecendo, até mesmo um simpes Uber vem no cartão no crédito.
Passado esse período de viagem, voltarei a economizar como antes, não chegava nem a 100 Reais quando eu morava no interior, hoje tem passado disso e sem trabalho as contas estão acumulando. É psicológico, estress faz as mulheres gastarem um pouco além!
Nunca vivi um período assim, nem nos meus piores momentos profissionais. Só posso acreditar que é Deus me colocando em prova, e às vezes, como nesse momento, me perco um pouco entre a fé de que vai dar tudo certo pela mão de Deus e na fé de que vai dar tudo certo pela minha mão, que ama trabalhar.
Sempre passei a imagem de boa profissional, competente, esforçada, dedicada, até meus alunos da facudlade davam um grande valor quando sabiam que eu pegava ônibus no centro da cidade com um aparelho Datashow dentro de uma sacola ou mochila apenas para apresentar a eles uma aula de qualidade porque a instituição em que eles estudavam não era capaz de dispor equipamento para os professores.
Era um absurdo tão grande que passado um tempo, quando até mesmo o salário começou a atrasar, não vi condições de me manter ali, eu pagava aluguel, deu muito medo de atrasar as contas, juntou com a revolta de ser tão boa para um lugar tão ruim e as influências nos pensamentos de que o dono da faculdade era um falsário que roubava dinheiro como a maioria dos políticos desse faz o faz.
Pedi para me mandarem embora, e foi assin que não tive a menor dúvida de estar num lugar tão indigno. Eles disseram que eu era uma ótima funcionária e que não tinham motivos para fazer isso. Mentira, eles não tinham dinheiro em caixa para arcar com a minha demissão, foi o que por último alegaram.
Então saí por minha conta e risco, fiquei sem emprego, fiz as malas, arrumei a mudança, pois meu contrato de aluguel estava no fim, e levei todas as minhas coisas para o interior, na casa do meu pai que estava disponível.
Foi assim que saí de São Paulo. Uma situação que levou à outra e deixou insustentável minha permanência numa cidade tão agitada, com problemas de segurança, poluição, estress, era isso o que mais me incomodava por aqui. Eu precisava demais dar um tempo disso tudo e foi o que fiz. Agora sinto falta!
Aqui estão as oportunidades de trabalho, tem igrejas ótimas, pessoas de bem como em qualquer outro lugar, com a vantagem de ser aminha cidade natal. Minha família tem imóvel, pago meu aluguel em BH com a parte que recebo de um deles. O outro está por desocupar, se eu quiser voltar a ele precisaria de uma definição já nas próximas semanas. É muita pressão.
Por onde passo encontro quase tudo o que preciso, mas ainda falta alguma coisa, ainda não sei se já posso fincar raízes, por enquanto sinto que estou apenas ancorada desde que saí de SP. Há uma grande diferença entre esses dois conceitos, e quero criar raízes, mesmo se eu bater asas, vou ter para onde voltar. Ainda sinto que posso ficar presa aos lugares por onde passo por isso o esforço em trabalhar no local tem sido menor, não menor, mas na verdade estou sempre buscando trabalho em SP, e no fundo eu sei que fico torcendo para acontecer, seria a desculpa perfeita para eu voltar.
Não queria sair do Texas em 2017, minha passagem por lá dessa vez foi incrível, tina tudo para dar certo, menos a documentação, por isso tive que sair. Foi tão difícil, a dor de me separar da Igreja Bethel foi tão grande que só eu sei. Agora estou na Getsêmani, também um lugar de palavra sólida, pessoas sensacionais, exatamente como foi no TX. Sair de lá traria a mesma dor ao coração, especialmente agora, depois dessa campanha toda para a minha viagem a Namíbia. Sei o valor do que fizeram por mim de coração.
Razão e coração estejam ligados na vontade superior de Deus para a minha vida. É hora de encontrar um lugar, um ministério, rever minha vocação, definir o que posso fazer de melhor para o Reino de Deus. Seria bom ter tudo isso em foco, hoje abraço muitas coisas e nehuma delas é principal.
Quem sabe já encontrei tudo isso, mas ainda não estou enxergando com clareza?!
Tem gente que não dá valor ao que tem, despereza pessoas, gestos de bondade...sofre e faz sofrer. Comigo é o contrário, valorizo muito, tanto que até acho que não mereço tudo de bom que me vem, embora receba e desfrute com prazer.
Fico agitada para voltar de onde vim, quero dar de novo atenção à outras pessoas com quem convivi antes e tanto amei, mas sei que para isso eu teria que deixar onde estou e criar uma nova sensação de ingratidão, mas isso não é verdade, e se eu for embora, em pouco tempo sentirei falta dos que deixei, de novo vou querer voltar, dar atenção e o ciclo continua.
É por amar e valorizar tanto que acabo não conseguindo distribuir toda atenção e carinho que gostaria. De certa forma, também não é bom.
Que Deus esteja no controle da minha vida e tudo isso seja uma oportuna experiência para eu saber de fato o que é ter "raízes e asas". Meu medo é da âncora que pode me impedir de navegar pelos mares da vida.
"Mas os que esepram no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas, como águias..." - Isaías 40:31
"Bendito os que confiam no Senor, são como árvores plantadas junt aos ribeiros, cujas raízes se estendem até as águas..." - Jeremias 17:7
Deus abençoe o seu dia.
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