Olá!
Sigo aqui na gripe, com tosse, desanimadíssima com a mudança que ainda não aconteceu, ou não finalizou. Tempos difíceis. Estou aguardando que as melhorias da casa nova estejam mais avançadas na semana que entra, em especial a dedetização, que até agora não foi feita.
Não me lembro se contei que uma noite dessas precisei ir até lá buscar algo e fui atacada pelas mini baratas, tentei dar um chute em uma delas, quase quebrei o dedão do pé que só acertou a parede, no desespero tive que tirar uma delas com as minhas mãos de cima do armário, pois ela estava andando em direção aos meus utensílios, ali expostos. Depois vai ser a maior correria para desinfetar toda a cozinha.
Na porta de entrada deve ter um ninho delas, quando você coloca a chave já vêm algumas te dar boas-vindas, demorei o suficiente para uma outra pequenininha caminhar na minha mão. Chorei tanto que não consigo esquecer que me deu até soluço feito os bebês que cuidono berçário. Desesperador.
Até que agora já não são tantas, e só as pequenas, menos assustador, porém, nada vai me fazer ocupar a casa antes de uma completa dedetização. Enquanto não for feita, vou continuar aqui na pendura na casa dos fundos. Por causa da minha atual situação física e emocional, está meio abandonada, também.
Passou a semana e não fiz nem uma limpeza mínima, não lavei minhas roupas, não preparei nada para comer, ando sem apetite, meio deprimida, talvez. Detesto o vazio dos finais de semana por aqui. Estou pronta para me reanimar amanhã, ganhar abraços apertados e sorrisinhos lindos daquelas criancinhas de quem já gosto tanto.
Antes de ir embora na sexta-feira eu disse para uma das professoras segurar um bebê: toma, isso faz o nosso dia valer a pena! Era uma das mais miudinhas e lindas aluninhas que temos, estava limpinha, alimentada, feliz e sorridente.
De fato me acalma saber que é assim que Deus tem cuidado de mim este ano todo. Foi um grande preparo do começo ao fim, calculando que será dessa forma que vou encerrá-lo. Primeiro me colocou na escola dominical da igreja em Minas Gerais, depois me levou à África e agora estou ganhando um bom dinheiro trabalhando oficialmente num berçãrio.
Ele já sabia o que seria de mim, criou situções fantásticas que eu mesma jamais teria escolhido sozinha, direcionou perfeitamente tudo a meu favor e me alegrou demais o coração.
Sou grata ao Pai celestial pelas bênção incontáveis que recebi, pelas pessoas boas que encontrei e pelas experiências que tive por onde passei, e não foi pouco.
Assim como eu tomo cada bebê nos braços e deles eu cuido como sendo meus, minha total responsabilidade o zelo pelo seu bem-estar geral, limpeza, alimentação, soninho tranquilo, colo quando possível, e desenvolvimento cognitivo, da emsma forma Deus tem cuidado de mim e criado diversos ambientes para o meu conforto.
Até mesmo na África me surpreendeu com lugares e cenários maravilhosos, em BH morei num apartamento muito fofo, num condomínio ótimo, me hospedei num flat em São Paulo sem custos por ser a casa do meu primo, passei várias semanas lá, pensam que sou moradora, até, enfim, gozei de tantos privilégios que agora deveria controlar mihas emoções e confiar mais em Deus, saber que vou ter dias bons aqui, não qpenas na escola, no trabalho, mas dentro de casa também.
Quero arrancar de mim esta falta de credulidade e ingratidão, essa indisposição com certas pessoas que estão por perto e me chateiam e focar na bênção que está por vir. Deus tem algo para mim aqui e seu tempo aqui vai se cumprir. Quando eu for embora vou saber que deu a mimha hora e ter a certeza de que Ele assim o planejou e cumpriu.
No meu coração eu sinto que de novo não é por muito tempo, e que se eu sair vai ser por minha conta, não vou mais poder levar minha mobília, a não ser que seja para o apartamento de São Paulo e que eu pague pelo transporte em definitivo.
É como se eu estivesse escorregando por um funil sem saber onde vou parar.
De qualquer forma estou disposta a fazer o meu melhor por aqueles bebês, orar e abençoar cada um deles todos os dias e determinar as bênçãos do Senhor como se eu fosse uma sacerdotiza profetizando sobre as suas vidas. Se a minha missão aqui for essa, vou cumprir de forma zelosa e protetora, tenho orado de madrugada por eles.
E posso ir além, fazer mais e mais até sentir que dei o meu máximo por essa causa. Vou fazer valer a pena ter passado por Piraju mais uma vez. Só os bebês têm sido minha motivação, me sinto até sem forças para nada mais. O que tenho eu a oferecer a este povo, Deus? Não sei por quê nem para quê, contudo, eis-me aqui, usa-me.
Como louvor a Deus, deixo o vídeo que baixei do Youtube para ninar meus aluninhos ao som desse maravilhoso instrumental inspirado nas canções de Aline Barros.
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