Minha Jornada Bíblica II - Livro de Lucas
Olá!
Compartilho hoje um pouco do que observei lendo o Evangelho de Lucas. Prepare-se para uma extensa leitura, volte quantas vezes quiser. Deus o abençoe ao compartilhar comigo nessa minha jornada bíblica.
O primeiro capítulo me chama atenção logo nos versículos
iniciais, em eu ele diz: “Muitos já se dedicaram a elaborar um relato dos fatos
que se cumpriram entre nós, conforme nos foram transmitidos por aqueles que
desde o início foram testemunhas oculares e servos da palavra.”
É arrebatador à minha imaginação, pensar que é os evangelhos
cuidam de dar testemunho vivo dos fatos ocorridos ali entre eles, mais ainda que
tais palavras ecoaram pelos séculos e aqui estão, hoje, a nos influenciar por
sua força e verdade.
O autor segue dizendo: “Eu mesmo investiguei tudo
cuidadosamente, desde o começo, ó Teófilo (a quem se dirigia a palavra de
Lucas), para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.” Depois
dessa apaixonada introdução carregada de confiança, vem o relato de tudo quanto
deveria ser registrado na história de Cristo.
O primeiro episódio narrado é, na verdade, o nascimento de
João Batista. Como tantas outras mulheres citadas na Bíblia, sua mãe Isabel
também era estéril, e foi visitada por um anjo que anunciou o envio ao mundo de
um bebê com uma missão especial.
Vem ao mundo aquele que faria o anúncio da chegada de Jesus,
o Messias prometido. Ele tem por centro das suas pregações o “arrependimento”.
É interessante notar que João Batista passou boa parte do seu tempo no deserto,
algumas vezes, quem sabe, falando sozinho, ao vento. Outras vezes pessoas se
aproximavam dele por curiosidade ou interesse em ouvir sua palavra desafiadora.
Quando o anjo visitou seus pais anunciando a vinda de João
Batista, o contato inicial foi com Zacarias. A Bíblia relata, ainda no capítulo
I que ele temeu, duvidou, ainda que estivesse na presença de um anjo magnífico,
que se apresentou como “Gabriel, que está sempre na presença de Deus”, o homem
foi dominado por uma incredulidade, ele ficou literalmente mudo, por
determinação do anjo. Só depois do nascimento de seu filho
Zacarias voltou a
falar glorificando a Deus (capítulo 1:67-79)
Lucas 1:37 apresenta um dos versículos mais simples e lindos
de toda Bíblia: “Pois nada é impossível para Deus” – palavra que veio do anjo à
Maria, mãe de Jesus, no anúncio da sua gravidez. Para aumentar sua fé, o anjo
disse, ainda, sobre Isabel, que também estava esperando um bebê. Maria foi à
casa de Isabel, sua prima, no relato de um belíssimo encontro (versos 39-53).
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O capítulo 2 traz o
nascimento de Jesus. No verso 21 em diante, há sua apresentação no templo. Uma
das mais belas pregações começa no verso 25, a história de Simeão, um homem
temente às leis de Deus, que aguardava a salvação prometida ao povo de Israel.
Ele recebeu uma revelação do Espírito que só morreria depois de ter visto o
salvador com seus próprios olhos.
Quando ele está no templo e chega Maria para apresentar seu
filho Jesus, Simeão sente em sua alma que aquele era o Messias, seus olhos
contemplaram a promessa que se cumpriu, então declara que já podia morrer,
conforme a revelação que havia recebido de Deus.
Me chama atenção o que diz no verso 33, que o pai e a mãe de
Jesus se admiraram com o que havia acontecido, ainda não tinham muita ideia da
importância ou mesmo da missão que tinha aquele menino.
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O capítulo 3 apresenta o batismo e a genealogia de Jesus. É
o momento da Trindade una presente na Terra, e se não estou enganada, foi um
momento único, ao pé da letra, pois nos outros momentos em que há manifestação
da presença de Deus, é sempre em uma ou outra forma, Pai, Filho e Espírito
Santo, contudo, no batismo de Jesus as três formas estavam presentes e foram
manifestadas.
Lembra-se da prostituta que ajudou os espias na terra de
Canaã? Ela se entregou ao Deus dos hebreus, se deixou ser usada como bênção na
vida daqueles dois homens de forma limpa, honesta, sem vulgaridade ou sem agir
do espírito de prostituição. Ela foi salva da morte, juntamente com sua
família, e passou a viver com o povo hebreu.
Essa foi uma das raras exceções em que o povo acolheu um
estrangeiro que era do povo inimigo, pois aquela mulher foi mais do que canal
de bênção para a proteção daqueles soldados, ela foi canal de uma vitória dada
por Deus ao seu povo. O nome dela era Raabe, ela se casou com o hebreu Salmon e
entrou para a genealogia de Jesus.
Isso me ensina que não importa a sua linhagem nem o passado
dos seus ancestrais. Deus é poderoso para quebrar as maldições hereditárias
antes mesmo de você nascer e te gerar num lugar de bênção porque tem um
propósito para a sua existência.
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No capítulo 4 está o episódio da tentação no deserto. Jesus
venceu ao próprio Satanás pelo poder das escrituras, conhecia a palavra de Deus
e com ela se defendeu das artimanhas do mal. Se você não conhece a Bíblia, fica
sem argumentos para se proteger do inimigo que sabe tudo quanto está escrito.
Leia a Bíblia e faça oração, se quiser crescer e vencer.
Na passagem seguinte, Jesus entra no templo e faz uma
interessante leitura em voz alta no livro do profeta Isaías. O texto lido por
Jesus vai até onde diz: “libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça
Senhor”. A palavra já se cumpria Nele conforme sua fala no verso 21: “Hoje se
cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir”.
Em 4:31 há um dos primeiros exemplos de como Jesus lidava
com situações extremas. Por conhecer as sagradas escrituras, “falava com
autoridade” (4:32). Em seu ministério, muitas vezes observamos que ele agia da
seguinte forma:
·
Pregava
·
Curava
·
Expulsava demônios
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No capítulo 5 vem o método criativo de Jesus para eleger
seus 12 discípulos. Ele teria uma espécie de comitiva para andar com Ele, aprender
sobre o Reino de Deus e dar continuidade ao plano de Deus para o homem na
terra.
Existem diversos estudos que apontam as características de
cada um que Jesus escolheu.
A maioria era sem estudo, sem boa posição social,
sem qualificação alguma, fosse por conduta moral ou espiritual, para ser o
escolhido.
Os critérios de Jesus foram inexplicáveis, e vemos uma
grande transformação no decorrer do tempo em cada um deles. Pouco a pouco, um a
um revelou tanto as suas falhas como o seu crescimento na graça de Deus.
Um apenas, Judas Iscareotes, foi o grande traidor, aquele
que preferiu moedas de dinheiro a seguir verdadeiramente ao Mestre Jesus. Isso
para nos mostrar que sempre haverá em nosso meio os que não vão aceitar a
palavra da verdade, vão ouvir de Deus, mas não vão se envolver, preferem não
entrar no seu Reino, seja por qual motivo for.
O começo do livro de Lucas é absolutamente arrebatador para
o meu coração. Escrevia aqui um E-book,
se comentar tudo o que me salta aos olhos de interessante e importante para o
meu crescimento espiritual.
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No capítulo 6 destaco os versos 37-42, que fala sobre não
julgar e dar em boa medida; 43-45, a árvore e o seu fruto; 46-49, o prudente e
o insensato, comparação entre fundar uma casa sobre a rocha ou sobre areia.
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O capítulo 7 tem mais um dos textos que anoto entre os meus
prediletos: a história do centurião que demonstra fé reconhecendo o poder e a
autoridade de Jesus. Além disso é
humilde e assume que ele não merece a atenção de Jesus, mesmo assim clama, pois
necessita de sua ajuda. É lindo e tremendo o que podemos aprender com a atitude
desse homem, e nenhum de nós tem a patente que ele tinha!
Você pode imaginar o episódio em que Jesus ressuscita o
filho daquela viúva? Isso aconteceu nas ruas de Naim, Jesus se encontrou com a
passagem do cortejo fúnebre e disse à mulher: “não chore”!!! Quem diz isso a
uma mãe que acaba de perder a vida de seu filho? Só mesmo alguém com o poder da
vida! Que tempo essa mãe teve de pensar ou reagir ao que acabava de ouvir?
Jesus tocou o menino, e ele se levantou com vida, de
imediato começou a falar! Estupendo, não?!
Ouvi uma pregação do pastor Thiago Brunet em uma convenção
de jovens em que ele faz a seguinte alusão: o jovem tem uma energia e uma
vitalidade próprias para criar um ambiente de vida e salvação por onde ele
passa. Se Jesus te levantou dos mortos, vá em frente e pregue a palavra de
Deus, seja um testemunho vivo do poder que Ele tem na sua vida!
No final do capítulo 7, uma linda história de amor, perdão
dos pecados por meio do arrependimento, e um gesto de humildade, acima de tudo.
Uma mulher pecadora chora aos pés de Jesus, seca usando os seus cabelos e unge
com perfume caro.
Ela foi rechaçada pelos homens que estavam acompanhando
Jesus à mesa, mas ele a defendeu por saber da sinceridade do seu coração. Para
Jesus, o interior é o que vale, o exterior reflete o que há por dentro com
atitudes que demonstram arrependimento e verdadeira mudança de atitude.
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Capítulo 8, parábola do semeador. O que ele faz, senão sair
a semear? E o que espera colher senão aquilo que foi por ele plantado? Essa lei
natural é tomada como exemplo para o Reino de Deus, quem sabe o que planta não
teme a colheita.
Versos 16 a 18 falam da candeia, “Porque não há nada oculto
que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e
trazido à luz”. É assim o nosso coração diante de Deus. Você pode fazer um
teatro para os homens, contudo, jamais poderá interpretar outro papel diante de
Deus que não seja você mesmo.
Ele te chamou não para ser ideal, mas para ser Real Nele
(palavras do pastor Luiz Hermínio).
A última parte do capítulo 8, que vem depois de outras
incríveis histórias e parábolas de Jesus, declara seu poder sobre a doença e a
morte. Anotei nas páginas da minha Bíblia: “Santo Dios...” que dia lindo foi
esse em que Jesus “cura” um endemoninhado, e acho interessante observar que
nesse caso o autor menciona cura (talvez por ele ser médico ou porque nesse
caso de fato a libertação foi uma cura interior?).
E logo depois, onde eu queria chegar, Jesus caminhava entre
a multidão e sentiu “alguém o tocar”. Antes de prosseguir deixe-me dizer que
essas palavras saltam aos meus olhos e às vezes tenho orado, clamado, me
desesperado aos pés de Jesus querendo tocar em suas vestes como fez aquela
mulher doente, e nem sou nada parecido.
É por que o gesto dela foi tão audacioso, ela foi tão
atrevida, tão impetuosa, que serve de exemplo para mim. Quero mais de Jesus,
confio no poder que Ele emana até mesmo por meio das suas vestes santas, se eu tocar
em uma pontinha dos seus vestidos, serei curada, liberta, transformada das
minhas chagas da alma e do espírito.
Precisamos sempre tocar em Jesus, e isso se faz hoje
rasgando o coração na sua presença, confessando os pecados, as falhas, a falta
que temos em estar muito mais buscando a sua face em oração e jejum. Ainda que
tenha feito isso, podemos ir muito além, o Reino de Deus é bem mais profundo do
que essa beirada tão rasa em que nos encontramos.
Por que nos conformamos com o que sabemos sobre Deus? Ele é
muito mais e quer se revelar a nós, as só mediante um coração puro, limpo, reto
e santo, vamos conseguir nos aproximar da sua verdade. Não há outra forma,
senão rasgando o coração perante os seus pés. Talvez ela já fosse salva e
precisasse apenas de cura. Assim aconteceu, verso 8:48: “Filha, a tua fé te
curou, vá em paz”.
Na sequência vem a notícia de que a filha de Jairo havia
morrido. Jesus estava a caminho da sua casa para curar a menina. E então, já
era tarde demais? O que aconteceu no caminho havia atrapalhado a missão
relacionada à menina?
Quantas vezes, por uma fração de segundos, somos levados a
crer que o plano falhou, que Jesus não chegou a tempo de nos socorrer? Pecamos
ao desconfiar do poder superior de Deus em agir a seu modo. Por que tudo tem
que ser às claras, como nós esperamos?
O agir de Deus nos surpreende, nos renova, nos ensina a cada
dia. Deixe Deus agir como Ele tem planejado para a sua vida, não queira
controlar o que está nas mãos Dele. Pois bem, Jesus foi até a casa de Jairo,
deixou a multidão de fora entrou com o pai da menina e os discípulos Pedro,
João e Thiago.
Jesus disse: “Não chorem, ela não está morta, apenas dorme”.
Quantas situações estão definidas em nossa vida com uma
sentença de morte e não sabemos que aos olhos de Deus é apenas como um sono, e
vai haver um despertar? O que está definido de um modo para o homem não é o
mesmo que está aos olhos de Deus que vê a seu modo. Ele tem o poder da vida e
da morte, sobre a cura e a libertação. A seu tempo Ele age como deve.
9
Capítulo 9, Jesus envia os 12. Que maravilha quando eles são
enviados, já preparados por conviver com Jesus e ter o modelo exato de como
agir. Deus não chamou os capacitados, ele capacitou os escolhidos. Ele sabe o
que faz melhor do que ninguém.
Nos versos de 28 a 36 há uma experiência sobrenatural
vivenciada por Pedro, João e Tiago, os mesmos que entraram com ele na casa de
Jairo e presenciaram a ressurreição da menina. Observe aqui, nada do que
acontece é por acaso, tudo tem um propósito divino.
Eles tiveram uma visão, estando com Jesus a sós, no monte
para orar. Era de Elias e Moisés, como se estivessem presentes em espírito com
o grupo. Eles conversavam com Jesus sobre a sua partida. Em verdade os
discípulos estavam dominados pelo sono, apenas Jesus estava vigilante na
oração, recebeu ali Moisés e Elias em espírito e se colocou a conversar com
eles.
Então os discípulos acordaram, cheios de temor pela
realidade vista diante de seus olhos, relata o verso 32 que viram a glória de
Jesus. Deve ter sido algo terrível, e suponho que eles não sabiam qual era a
fisionomia de Elias e Moisés. Sabemos que eram eles, pois a Bíblia assim afirma
no verso 30.
Pedro teve a ideia de fazer três tendas para Jesus e os
“amigos” passarem a noite. Aqueles homens surgiram para conversar com Jesus,
isso nos dá a entender que não era uma simples visão de espírito, era uma visão
aberta, clara, algo materializado e real. Que poder é esse?!
A ideia da tenda foi, talvez, muito boa, ou cheia de boas
intenções. Mas fica o alerta: cuidado, nem toda boa ideia em de Deus, nem toda
boa intenção procede de Deus e vem para se cumprir. Ore o tempo todo para ter
certeza no momento em que desejar fazer algo, seja mesmo necessário ou vindo de
Deus.
Do verso 37 ao 45, mais um caso de libertação de um menino
endemoninhado. Veja a quantos jovens Jesus liberta, cura, faz reviver. Eles são
muito preciosos para Deus, assim como são as crianças. A partir do verso 46
Jesus compara o verdadeiro grande coração ao coração de uma criança. Elas
herdarão o Reino dos Céus por sua sinceridade e pureza.
Os versos 57 a 62 trazem uma das mais importantes palavras
de Jesus, que tanto tocam o meu coração. Antes, uma reflexão: é fácil servir a
Deus? Não é, esse é o tema desse trecho bíblico. Ele quer muito ou pouco de
nós? Não quer muito, não. Ele quer TUDO de nós. É tudo ou nada!
Ele disse, verso 62: Ninguém que põe a mão no arado e olha
para trás é apto para o Reino de Deus”. Não é de qualquer forma que podemos
estar no Reino de Deus, se temos bagagem ou apego, ainda não estamos prontos
para o desafio do Reino.
10
No capítulo 10 Jesus tem muitos mais discípulos e envia
outros 72. Ele mesmo diz, verso 2: “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Portanto peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores. Vão! Eu os envio como cordeiros entre lobos”.
A quem ele diz para orar ao Senhor da colheita, é o mesmo grupo que Ele já está
enviando.
Após certo período, os 72 voltaram alegres (v.17), Jesus os
adverte no verso 20: “Contudo, alegrem-se não porque os espíritos se sujeitam a
vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus”. Há um galardão reservado
aos que servem ao Reino de Deus superior às recompensas que possamos ter aqui
na terra.
Nos versos 38-41, mais um episódio de grande impacto para
nosso crescimento espiritual. Na casa de Marta e Maria, uma das irmãs está em
total atenção à Jesus, admirando sua sabedoria, bebendo de suas palavras. A
outra está preocupada em se ocupar com a casa, em arrumar a aparência de algo
material, palpável, externo.
Além de não ter se dado conta de como era precioso o momento
de estar na presença de Jesus e não ter a atitude de largar tudo como fez
Maria, Marta reclama ao ver sua irmã parada enquanto ela trabalhava na casa.
Nem sempre quem reclama tem razão. Observe a motivação das suas escolhas e
saiba que o melhor não é o que se vê, o que jamais nos será tirado não é
palpável.
11
Capítulo 11, Jesus ensina acerca da oração. Ponto número um,
o pedido: “ensina-nos a orar”. A princípio imaginei que fosse um dos 12 a fazer
o pedido, porém, no mesmo verso tem a frase “como João ensinou aos discípulos
dele”. Tanto pode se referir a João Batista, que a Bíblia cita ter seus
discípulos, como o novo João, que sendo discípulos, também poderia ter feito
discípulos.
De toda forma, vem o modelo de oração apresentado por Jesus,
o “Pai nosso”. É grande o ensinamento que podemos extrair desse modelo, e eu
triste alguns fazerem dele uma reza que nunca saiu disso., mera repetição sem
nenhuma meditação, sem evoluir dessa para outras palavras, que sejam próprias
do coração de quem ora. Deus abra o seu entendimento e o ensine a orar.
Avançando um pouco mais, o capítulo 12 se intitula como
“advertências e motivações”. Bem apropriado, um dos primeiros pontos é o da
hipocrisia. Quem assume seu lado hipócrita? O que fazemos para nos livrar dessa
atitude? Quais são os sentimentos que norteiam a hipocrisia? Bom tema para um
estudo mais profundo, seguido por blasfêmia e ganância. Preocupe-se com eles,
estão na Bíblia para nos alertar.
Capítulo 12:22-32, não se preocupem com a vida, Deus está
acima de todas as situações cuidando pessoalmente da sua vida. Você confia
nisso? A que ponto, 100%?
Prontidão para o serviço, versos 35-48. Destaco o 48: “A
quem muito foi dado, muito será exigido, e a quem muito foi confiado, muito
será pedido”. A coisa é séria! Pouco antes Jesus faz
analogia com o trabalhador em quem o senhor confia e o pega de surpresa
trabalhando. Bem apropriado.
13
Arrependimento ou morte? O capítulo 13 começa com uma visão
clara da realidade em que vivemos. Não há um mais culpado do que outro, a
figueira que não dá fruto deve ser cortada porque apenas serve para inutilizar
a terra.
O que entendemos dessa comparação? Morte espiritual aos que
não dão frutos, pois além de não servirem de bênção para a igreja ainda podem
servir de má influência aos que estão ao redor. Essa é apenas uma das
aplicações a que essa passagem nos permite refletir.
Na parte final de
Lucas 13, um alerta ainda maior. Muitas igrejas fazem como Jerusalém, que não
ouve ou não aceita a palavra da verdade, verso 34:
“Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja
os que lhes são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a
galinha reúne os seus pintainhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!
Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu lhes digo que vocês não me verão
mais até que digam: Bendito o que vem em nome do Senhor”.
Se a igreja de hoje
ainda tem comunhão com Deus e vê a manifestação do seu poder, é porque há um
pequeno grupo tomando as dores pelos pecados da outra parte da igreja que não
ora, não busca, não jejua, não vive a verdade, mas frequenta os cultos pedindo
ao pastor que ore por ele.
Costumo dizer, “fique em paz, meu irmão, não precisa vir nos
dias de oração, eu seguro a corda por você com mais dois ou três irmãos
assíduos em orar pela igreja”. Às vezes nem o grupo de pastores comparece, nem
os levitas, professores da escola bíblica ou membros em geral. Revoltante ver
como a igreja está tranquila, apensar de tantas enfermidades que sofre.
14
Capítulo 14, Jesus andava com todo tipo de gente, era
criticado por estar na casa de um fariseu. Mas quem precisa ser tratado, o são
ou o enfermo? Quem precisa de perdão dos pecados, o santo ou o pecador? Quem
precisa de orientação, o iluminado ou o perdido? Diferente é estar na companhia
dos ímpios para com eles se misturar a ponto de se perder. Abra o olho.
De 25 a 34, uma parábola sobre o preço do discipulado. Quem
está na ceara é para trabalhar duro, pagar o preço de ser escolhido e se
preparar para a guerra. Mas há uma recompensa que nada nem ninguém pode ter de
outra forma, e ela já foi conquistada por Jesus quando cumpriu sua missão para
nos redimir. Alto preço, de sangue, de vida. É o valor que temos para Ele.
15
Capítulo 15, a clássica parábola da ovelha perdida que tanto
e tanto toca o meu coração. Verso 7: “Haverá mais alegria no céu por um pecador
que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam
arrepender-se”.
Como Deus valoriza o gesto sincero de arrependimento! Não é
a toa que Davi se rasgava diante de Deus daquela forma descrita em Salmos e era
considerado tão querido ao coração de Deus.
Na sequencia, a parábola da dracma perdida e do filho
pródigo, outros dois exemplos do amor de Deus pelo pecador que muda
completamente de atitude quando se dá conta do seu estado interior e se
arrepende do seu mau caminho.
Eles são buscados por Deus como quem procura ouro escondido!
Somos preciosos para
Deus quando assumimos um erro e confessamos a Ele os
nossos pecados. Dê nome a eles, não confesse no “geral”, como costumamos fazer.
Pare um momento no seu dia para se examinar, procure as suas falhas e peça a
Deus que o ajude a mudar de atitude agora mesmo. Eles estão ocultos dentro de
nós.
Vou investir outro tempo para abordar mais a fundo o que
aprendi estudando a passagem do Filho Pródigo, e digo por experiência própria
que há muito para se analisar. Além do filho que volta, há o filho que fica,
ele chora por uma cabrita e isso é inacreditável, pois nós nos apegamos tanto
por tão pouco enquanto há um reino a ser desfrutado!
Mais uma pregação impactante do pastor Luiz Hermínio que
marcou demais a minha vida.
16
Lucas 16, o administrador astuto serve de inspiração para
saber, no verso 10: “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é
desonesto no pouco, também é desonesto no muito”. Você é mesmo digno de
confiança? O que Deus pode confiar às suas mãos?
Lucas 16:18 carrega
um dos mais polêmicos tetos bíblicos. Em divergência de traduções, algumas
trazem a palavra “divórcio”, enquanto outras “repúdio”. Uma coisa é bem
diferente da outra. Já postei aqui um texto extraído de outro blog explicando
claramente a diferença.
Como mulher divorciada e reconciliada com Deus, que
prontamente me recebeu de volta sem demais exigências a não ser meu coração
inteiro e 100% da minha santidade, digo que é bem menos constrangedora a
tradução de Almeida que considera a mulher “repudiada” de adúltera quando se
envolve com outro homem. A divorciada está livre, enquanto a repudiada está de
laço preso ao passado e precisa da carta de divórcio para acertar sua situação.
Resumindo, é isso.
17
Capítulo 17:1, “É inevitável que aconteçam coisas que levem
o povo a tropeçar, mas......ai daqueles por meio de quem elas acontecem”. Minha
advertência é: que temor temos dessa palavra ao dar mau testemunho dentro da
igreja ou em qualquer lugar?
18
Capítulo 18, a viúva persistente consegue o que quer porque
sabe o quanto precisa da palavra final do juiz que tem o poder da decisão da
sua causa em mãos.
Verso 27: “O que é impossível para os homens é possível para
Deus”.
19
Capítulo 19, Zaqueu, o publicano. Ele era de baixa estatura,
mas, curioso, subiu em uma árvore para ver um famoso que por ali passava. Será
que ele tinha plano de chamar atenção de Jesus? E como chefe dos publicanos,
coletores de impostos, cargo de prestígio na época, subir em uma árvore era uma
atitude louvável?
Pois eu fico pensando nisso e concluo que houve um misto de
curiosidade, interesse na pessoa de Jesus e certa flexibilidade, para não dizer
humilhação em fazer todo o possível para estar perto do mestre. Até que ponto me esforço tanto assim? E valeu
o atrevimento, Jesus achou Zaqueu no alto daquela figueira e se apresentou para
estar na casa daquele homem. Há uma recompensa para cada um dos nossos esforços
em estarmos na presença de Deus.
20
Capítulo 20, a autoridade de Jesus é questionada. O que nos
dá autoridade hoje em dia? Conhecer a palavra de Deus e tê-la em nosso coração,
viver a palavra nos capacita em autoridade para fazermos o que é preciso no
Reino de Deus. A autoridade de Jesus foi questionada, sendo quem Ele era.
Imagine o quanto precisamos buscar para atingir um grau de autoridade
suficiente para o nosso viver.
21
Capítulo 21, A oferta da viúva, tão pequena essa história, e
tão cheia de significado. O que vai dentro do nosso coração é a verdadeira
oferta que a Ele apresentamos. Não seja apegado ao que é material, temos um
tesouro eterno guardado no Reino.
Capítulo 22, Conspiração, a Ceia do Senhor, a oração de
Jesus no Monte das Oliveiras.
Verso 40: “Orem, para que vocês não caiam em
tentação”. Depois, no verso 46: “Estão dormindo? Levantem-se e orem para que
vocês não caiam em tentação”!
Jesus os convoca a orar. Quem mais sabia qual momento estava
por vir? Por mais que Jesus anunciasse a sua morte, eles não davam a isso tanta
importância, ou talvez por amar a Jesus, não acreditavam nisso como verdade
literalmente. Quando Jesus nos chama a
orar, é com algum propósito. Não seja resistente ao chamado, seja resistente ao
sono.
Depois da prisão de Jesus, Pedro, embora alertado, nega a
Jesus por três vezes. Ele antes havia dito três vezes: “amo”, ao ser perguntado
se amava a Jesus. E o que eu Jesus havia pedido, ordenado a eles? Orem para não
cair em tentação. Será que a oração teria mudado esse episódio? Ao saber de
todas as coisas Jesus havia predito a negação de Pedro, ainda assim alertou que
a oração pode nos fortalecer e evitar grandes angústias por erros futuros.
Pedro usou uma espada para defender a Jesus e foi por Ele
repreendido. A espada foi o seu objeto de tentação? Que tipo de espadas usamos
em nosso dia a dia que podem se equiparar à tentação de Pedro?
Depois de ter ouvido o galo cantar pela terceira vez, Pedro
se deu conta de ter negado a Jesus pela terceira vez. A Bíblia diz no verso 62
que ele saiu de onde estava e chorou amargamente. Imagino que esse foi o
momento da sua conversão, depois não se temais relatos de atitudes repentinas
de Pedro que o levassem ao pecado de forma semelhante.
23
Lucas 23, Jesus já foi preso, os soldados zombaram,
açoitaram, então vem a crucificação. Antes, uma consideração sobre a aliança
que os inimigos Pilatos e Herodes fizeram em torno dessa causa, prender a Jesus
e mata-lo. A Bíblia diz que passou a inimizade entre eles, a partir de então se
tornaram amigos. Alianças malignas se
formam para combater o Reino de Deus. Fique atento.
24
O último capítulo do Evangelho escrito por Lucas é o 24. Ele
narra o episódio da ressurreição e depois a história que se passa no caminho de
Emaús. Gosto demais dessa passagem, ela me motiva a pensar nas situações que
são, aos meus olhos, definitivas e ele diz: “não é o fim”!
Se preciso for, Deus envia o seu anjo em forma humana para
nos ajudar, nos socorrer, ele faz brotar água no deserto ou mesmo nascer dinheiro
no seu bolso, tudo Ele pode fazer por mim e
por você, o fim da linha só chega quando Jesus chega com a sua
providência!
Palavra final
Quero encerrar este meu “E-book” dizendo que se você conhece
a Jesus, não há o que temer. Como as ovelhas conhecem a voz do seu pastor, você
reconhecerá quando chegar às suas mãos a salvação que você precisa. Lucas
24:30-32 diz:
“Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças,
partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e
ele desapareceu da vista deles. Perguntaram-se um ao outro: ‘não estava
queimando o nosso coração, enquanto ele nos
falava no caminho e nos expunha as
Escrituras”?
Não nos enganemos, amados, pensando que conhecemos a Deus,
porque nossa vida seria muito diferente se de fato soubéssemos um pouquinho
sobre Deus, o seu Reino e a sua Justiça. Minha ânsia em conhecer a Deus é também
para descobrir quem eu sou Nele.
Digo isso porque não estou me conformando com a vida
medíocre que levo, sem ter feito, ainda, nada de especial para Deus enquanto
tantos morrem por amor a Cristo.
Espero que seja a nossa geração a contemplar o
arrebatamento, a ver a volta de Cristo, a contemplar a vitória final, em que
Ele vai abrir os selos e tomar para si o que lhe é devido. Não me conformo em viver
nesse mundo dessa forma, quero mais de Deus para ver a sua glória, contemplar o
que há do outro lado, pois somos a imagem do pecado, embora o objetivo seja a
santidade, como Santo é o nosso Deus.
Quero mais, Senhor, mais de Ti, mais do céu na terra, mais
do teu reino em nós, na tua igreja que é a noiva que Jesus virá buscar. Entendemos
isso?
ORO HOJE:
Quero te conhecer, Jesus, muito mais. Quero a revelação de
quem é Deus, o grande “Eu Sou”, e te reconhecer em todas as tuas obras. Venha a
mim o Teu Reino, seja feita a Tua Vontade em mim. Que o meu coração seja o
lugar mais puro, limpo e lindo para o seu reinado aqui na terra.
AMÉM.
Deus te abençoe mais!
.