quarta-feira, 6 de novembro de 2019

November, 2019


Hola!!!

Onze meses atrás foi publicada a postagem anterior. Quanto tempo, e quanta coisa de lá para os dias atuais. 

Continuo gostando muito de pensar e falar, principalmente escrever, sobre coisas boas que elevam a alma, porém, nem sempre o cenário no qual estamos coopera. Ainda assim, podemos sempre tentar, é o que vou fazer. Antes, uma breve atualização. 

Em dezembro do ano passado se encerrou o período do meu contrato que era, portanto, de trabalho temporário. Depois disso recebi a visita de parentes para as festas de final de ano, curtimos bastante como se fossem férias de um mês inteiro, embora apenas por oito ou dez dias. 

Fui com ele de volta para São Paulo, em três semanas estava de volta ao interior, apesar de certa resistência. Não consegui trabalho algum, nem lá e nem cá. Resolvi fazer deste um ano quase sabático, ou seja, deixando de lado todas as outras atividades e focando em uma só - completar meus estudos no curso de Licenciatura em Letras.

Aliás, que nivela! Nem sei dizer quantas vezes comecei e parei, numa dessas vezes o lei do país mudou e mudaram o meu curso por causa disso, foram acrescentados ao menos 3 semestres, mais aqueles parados, enfim, já viu o tempo que levou para chegar nesta reta final. 

Sem ganhos, sem custos. Esta foi a regra. Ainda assim fiz alguns...biscates...e deu para entrar algum dinheiro com trabalhos de revisão de textos ou orientação de monografia. Mas foi raro. Poderia ter procurado alguns alunos particulares, mas o foco era mesmo atenção exclusiva aos estudos, melhorar, progredir e estar pronta para o que der e vier depois. 

Vieram as provas de junho, feitas em maio... Acha que passei de cara? Fui muito bem em três provas e só fui aprovada na quarta depois de uma prova extra. Amém, deu certo. Veio julho, surgiu uma entrevista de trabalho em São Paulo. Fui às pressas, detestei o lugar, com todo respeito, aliás, foi a localização que me desanimou: junto à cracolândia, não deu. 

Expliquei ao mocinho entrevistador que em sendo aprovada eu iria pensar com cuidado, pois minha saída de SP se deu por um certo pânico desse tipo de coisa, embora eu já esteja totalmente recuperada de tudo o que me estressou em 2015, e foi um esgotamento físico e mental da vida megalomaníaca de uma paulista aflita, eu havia trocado a capital pelo interior em busca de segurança, ar puro, tranquilidade, e de fato aqui encontrei. 

O problema é que certos aspectos da vida urbana me fazem muita falta, como os velhos amigos, o agito cultural, a troca de informações com pessoas mais experientes, estudar no presencial, dar aulas em faculdade..amo muito tudo isso. 

Seria uma escolha até mais simples se o local de trabalho fosse melhor, mas naquele ali, acabei na mesma hora enregando os pontos, e mesmo tendo uma excelente participação no processo seletivo, não fui escolhida para a vaga. Melhor sorte para mim na ´próxima, e atitude mais afirmativa, caso seja num bom ambiente. 

No mesmo dia tive um encontro com um amigo dos anos 1990, década que eu simplesmente amo, como tudo o que vem de lá. Conheci a filha de seis anos dele, passamos um bom tempo juntos, foi um evento inesquecível. E olha que, na minha teimosia, eu relutei bastante, pois minha viagem seria muito rápida, mas, quis o destino mudar as coisas, e foi para melhor. 

De lá para cá estamos conversando bastante, programando outros encontros, aprendendo muita coisa juntos. Relembrar as travessuras de jovens é muito divertido, imaginar o futuro também, não nos falta assunto e imaginação. 

Veio agosto, último semestre da faculdade. Setembro, outubro, só estudando duro para fechar meu curso com chave de ouro. Minha meta é nota mínima de oito pontos para cada disciplina, se vier a mais, ainda melhor, ou menos, desde que seja aprovada, tudo bem também. Só quero completar a grade e finalizar algo que esteve por tantos semestres arrastado, por muitas vezes não dei a devida atenção e paguei, literalmente, um alto preço por isso, uma boa lição extra de vida, sobre como administrar meus sonhos, desejos e necessidades. 

Com o começo de novembro vem o dia de finados. Todos os anos faço uma reflexão sobre a vida e a morte. Muitas pessoas o fazem. Mas para mim, o sentido é um pouco mais intenso porque foi neste feriado que a minha mãe, com 71 anos se despediu dos amigos do interior. Ela estava comigo em São Paulo para tratar dos olhos numa cirurgia de catarata, e entre uma e outra ela pegou uma carona para voltar ao interior por uns dias. 

Na volta ela se sentiu mal, fomos ao hospital e, resumidamente, teve um infarto. Precisou de cirurgia, não seria possível mais fazer por seu estado de saúde já debilitado. Seria feito um exame chamado angina, então ela não resistiu, veio a falecer. Isso foi no dia 06 de novembro, dois dias depois de voltar de viagem no feriado de finados. 

A partir de então, a data me marcou, e este ano não foi diferente. Fiz um texto publicado nas redes sociais, agradecendo aos parentes e amigos pela assistência que recebi no dia do velório etc. Foi o seu décimo aniversário de morte. 

Para minha não grata surpresa, do dia seguinte ao de finados, portanto dia 03 de novembro, minha tia que também estava muito mal de saúde veio a óbito. O feriado foi no sábado, ela faleceu no domingo final da tarde. 

Passamos a manhã de segunda-feira no velório, depois enterro, num cemitério que estava especialmente limpo e florido, à espera da nossa honrada Condessa de Piraju, como assim gostávamos de chamá-la, deviso ao seu elegante estilo de ser. Mulher corajosa, inteligente, culta, transbordava conhecimento num intelecto invejável. 

Eram longas os nossos encontros, em meio a assuntos variados, eu amava ouvir sobre suas viagens pelo mundo. Ela ria, dizia que orava por mim todos os dias, mas se eu deixasse de ir na casa dela eu ficava de fora da sua lista... era muito envolvente e querida.  

Foi embora, acabou sua história de vida, mas certamente ficam as boas lembranças e muitos ensinamentos como exemplo de vida. 

Assim foi o meu começo de mês, comemorando hoje, dia 06/11/2019, dez anos sem a mamãe, e agora sem uma das minhas tias mais amadas. Elas eram muito amigas, por sinal. 

Decido fazer um curso online, e como fala sobre métricas de sites, acessei este aqui para verificar as pontuações, coisas de marketing digital, então bateu uma enorme saudade de redigir em meu diário favorito. Quem sabe volte a ser rotina, talvez agora já tenha fugido ao tema original, que seria um devocional para falar sobre coisas de Deus, mas no fundo cada dia vivido é um grande milagre. 

Quem sabe eu conte o que foi que mudou, se esfriei na fé ou não, e o quanto a experiência da mudança para BH junto com a viagem à África mexeram com a minha cabeça. Chegando no interior tomei uma decisão radical de não me filiar à nenhuma igreja e posso também contar explicando o motivo. Daria um bom debate para reflexão. Quem sabe!

A vida segue, os sonhos continuam fortes, intensos, a intenção boa é a mesma, contudo algumas coisas mudaram e muito. Vamos ver como ficarão os próximos capítulos. 


Deus abençoe a sua semana!!!




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Muita paz em seu coração. 


T.G.


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